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- Aloenxertos criopreservados no tratamento de defeitos osteocartilagíneosPublication . Judas, F; Mendes, AFA reparação cirúrgica dos defeitos da cartilagem articular representa uma das situações mais difíceis de tratar em Ortopedia. Os aloenxertos osteocartilagíneos devem ser reservados para a reconstrução de defeitos significativos envolvendo cartilagem e osso (> 3 cm de diâmetro e 1 cm de profundidade), isto é, nas lesões demasiado extensas para serem corrigidas através de outras técnicas. Os aloenxertos osteocartilagíneos criopreservados apresentam vantagens em relação aos frescos, que incluem uma maior segurança microbiológica, menor capacidade imunogénica ligada ao tecido ósseo e estão disponíveis em maior número. No entanto, os aloenxertos osteocartilagíneos frescos mantêm uma maior viabilidade condrocitária e, por isso, oferecem um melhor desempenho clínico. Embora permita recuperar um maior número de condrócitos vivos, a utilização de crioprotectores está ainda longe de originar a protecção completa e eficaz de todos os condrócitos presentes na cartilagem articular, o que compromete significativamente o desempenho clínico a médio ou a longo termo dos aloenxertos osteocartilagíneos criopreservados. A combinação de um potente agente crioprotector como parece ser a arbutina, com meios mecânicos capazes de exercer uma pressão adequada poderá ser a chave para se alcançar uma percentagem significativa de condrócitos vivos após o processo de descongelação da cartilagem criopreservada e, assim, poderá assegurar a eficácia clínica, a médio e longo prazos, dos aloenxertos osteocartilagíneos criopreservados.
- Artrite reumatóide: imagens de intervenções cirúrgicasPublication . Judas, F; Costa, PO tratamento da artrite reumatóide assenta no trabalho de uma equipa multidisciplinar, sob a orientação de um reumatologista. A cirurgia representa, apenas, uma das etapas da planificação do tratamento global. A determinação das prioridades cirúrgicas é um problema específico da artrite reumatóide. A decisão de quando e que tipo de intervenção cirúrgica deve ser realizada em primeiro lugar, cabe a um grupo de trabalho, constituído pelo cirurgião, reumatologista e fisiatra. Cinco critérios podem influenciar essa decisão: a idade e motivação do paciente, o estádio da lesão articular, a natureza da articulação e a experiência do cirurgião. As intervenções cirúrgicas podem ser classificadas em três categorias (operações de primeira, segunda e terceira categoria), com base em cinco critérios: dor, função, estética, complicações e resultados tardios. O objectivo central deste trabalho tem a ver com a apresentação de imagens de intervenções cirúrgicas realizadas na Clínica Universitária de Ortopedia dos HUC no contexto do tratamento cirúrgico da artrite reumatóide, realçando o valor da planificação pré-operatória por forma a ser possível alcançar o melhor resultado. A cirurgia ocupa um lugar de primeiro plano no tratamento da artrite reumatóide. A motivação do doente, os seus objectivos e desejos, devem ser ponderados levando em linha de conta os resultados espectáveis. Daí que em determinadas situações possa estar indicada a abstenção cirúrgica. Com a intenção de ganhar, desde logo, a confiança do doente, recomenda-se iniciar o tratamento cirúrgico com uma operação de elevado sucesso clínico, sempre que tal seja possível.
- Biomateriais em cirurgia ortópedica reconstrutivaPublication . Judas, F; Figueiredo, H; Dias, R
- Cuidados Paliativos Pediátricos: Relatório do Grupo de Trabalho do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da SaúdePublication . Grupo de Trabalho do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde; Forjaz de Lacerda, A; Dinis, AA visão dos Cuidados Paliativos Pediátricos é assegurar que desde o diagnóstico todos os utentes em idade pediátrica (recém-nascidos, crianças e jovens) que vivem com uma doença crónica complexa, limitante ou ameaçadora da vida, e suas famílias, recebam cuidados que vão ao encontro das suas necessidades, desejos e preferências, até e para além da morte. Os princípios consensuais para a provisão de cuidados de qualidade são 1) adesão à definição da Organização Mundial de Saúde, 2) centro na criança-família, 3) prestação no local preferido, 4) prestação baseada nas necessidades, desde o diagnóstico/reconhecimento e até depois da morte, 5) partilha de decisão entre criança-família-profissionais, 6) profissionais com formação, treino e experiência pediátricas, 7) equipas interdisciplinares, 8) redes integradas de serviços, 9) gestor de caso, 10) descanso do cuidador e 11) suporte permanente. Reconhecem-se três níveis na prestação de Cuidados Paliativos Pediátricos: nível 1 (básico – todos os profissionais que trabalham com crianças), nível 2 (generalista – profissionais que trabalham a tempo parcial em Cuidados Paliativos Pediátricos) e nível 3 (especialista – profissionais que trabalham exclusivamente em Cuidados Paliativos Pediátricos). Os serviços que venham a ser desenvolvidos devem ser integrados na prestação de cuidados de saúde, sustentáveis, apropriados à idade dos utentes e equitativos (independentes da idade, diagnóstico, local de residência, cultura ou condição socioeconómica da família). É importante realçar que as necessidades paliativas em Pediatria podem iniciar-se ainda antes do nascimento, impondo um acompanhamento especializado da família prestado em articulação entre a Obstetrícia e a Neonatologia. No outro extremo, a atual sobrevivência até à idade adulta de muitas crianças com patologias pediátricas raras exige a implementação de programas de transição para cuidados de saúde de adultos, incluindo Cuidados Paliativos. Ao mesmo tempo que se planeiam serviços deve existir uma preocupação com a formação e treino dos profissionais, único garante de cuidados de qualidade mesmo quando os recursos físicos não são os ideais. Esta formação não pode restringir-se aos aspetos médicos (controlo de sintomas), devendo abarcar igualmente as áreas da ética, comunicação e apoio no luto. Podemos estimar que vivam em Portugal pelo menos 6.000 crianças com necessidades paliativas; destas, cerca de 200 crianças morrem anualmente, quase todas no hospital (em 2011 apenas 1 em cada 9 morreu em casa). Os seus cuidados têm-se caraterizado por um foco excessivo na intervenção médica, centralização em hospitais terciários, fragmentação e ausência de coordenação, escassez de apoio domiciliário e psicossocial. Existem no entanto algumas experiências (de articulação, de reorganização de serviços, de apoio domiciliário) que se têm revelado sustentáveis e frutíferas, e que interessa agora replicar de forma organizada. Com base nas recomendações e experiências internacionais e na realidade nacional, o modelo de governação de Cuidados Paliativos Pediátricos mais indicado para Portugal baseia-se em quatro pilares: 1) formação de todos os profissionais envolvidos nos cuidados de crianças com necessidades paliativas, 2) promoção da prestação de cuidados domiciliários, 3) reorganização das instalações pediátricas existentes e 4) articulação eficaz entre todos os prestadores de cuidados de saúde (hospitalares e primários: Pediatria, Cuidados Paliativos e Medicina Geral e Familiar), rentabilizando os recursos humanos. Devem ser criadas equipas intrahospitalares pediátricas (nível 2/3) em todos os Departamentos de Pediatria, de recursos e níveis adequados às necessidades locais. Nos cinco maiores Centros Hospitalares o objetivo deve ser o nível 3 e a constituição de centros de referência regionais. Devem ser criadas unidades pediátricas que respondam de forma atempada e adequada às necessidades de internamento para capacitação ou descanso do cuidador, controlo de sintomas e fim de vida, numa lógica de proximidade e de continuidade de cuidados. Estimamos a necessidade de 60 camas a nível nacional, sendo preferível, pelo menos numa primeira fase, a sua criação junto ou incluídas nos Departamentos de Pediatria. Cada ACES deve dispor de pelo menos um pediatra e constituir um Núcleo para coordenação de todos os programas pediátricos existentes nos cuidados de saúde primários e comunidade. Este deve ser o responsável dentro do ACES e servir como interlocutor com os cuidados hospitalares. Devem ser acionadas redes funcionais regionais, com base na Rede Social e no Conselho da Comunidade dos ACES. Deve ser assegurada uma liderança estratégica através da criação de um Conselho Técnico- Científico, com a missão de constituir uma interface entre todos os decisores envolvidos, elaborar instrumentos para uso nacional, assegurar a qualidade das equipas, unidades e formações, promover a colaboração nacional e internacional e a educação e sensibilização dos decisores e do público em geral. Cremos ser possível concretizar estes objetivos a médio prazo sem custos excessivos para o país (sendo o principal investimento na formação de profissionais e expansão de equipas domiciliárias), desde que existam diretivas superiores e coordenação como as que podem ser proporcionadas pela criação de um Programa Nacional.
- Estrutura e dinâmica do tecido ósseoPublication . Judas, F; Palma, P; Falacho, RI; Figueiredo, HO tecido ósseo é uma forma especializada de tecido conjuntivo constituído por uma fase mineral, formada essencialmente por cristais de fosfato de cálcio, sob a forma de hidroxiapatite, que assenta numa organizada matriz colagénica. A combinação da fase mineral e da fase orgânica confere ao tecido ósseo propriedades únicas, que o tornam muito resistente às solicitações mecânicas. Apesar seu aspeto aparentemente inerte, os ossos são estruturas plásticas altamente dinâmicas que, durante toda a vida do organismo, estão em permanente remodelação, por forma a manter as suas propriedades mecânicas e capacidades metabólicas. Quando lesados têm capacidade regenerativa, isto é, o processo de reparação óssea é efetuado através da formação de osso novo e não pela formação de tecido fibroso. As células do tecido ósseo podem ser agrupadas em duas séries diferentes: células da linha osteoblástica, responsáveis pelo processo de formação e mineralização da matriz óssea e células da linha osteoclástica, relacionadas com a sua reabsorção. O processo de diferenciação das células da linha osteoclástica está muito controlado pelas células da linha osteoblástica, através de um eixo de regulação comum, vulgarmente conhecido por RANKL/RANK/OPG. O equilíbrio entre formação e reabsorção óssea está na dependência das flutuações locais do rácio RANKL/OPG. A remodelação óssea consiste num mecanismo de substituição, ou de reconstrução, de áreas de tecido ósseo de modo a preservar a integridade, otimizar a função e prevenir a degradação ósseas. No processo de remodelação intervêm duas atividades opostas, mas complementares: a formação e a reabsorção do tecido ósseo a cargo das células das linhas osteoblástica e osteoclástica. Desta forma, elimina-se uma porção de osso velho, substituindo-o por osso novo, com pouca ou nenhuma alteração da massa óssea e assegura-se, também, a substituição de osso imaturo por osso lamelar. O ciclo celular da remodelação compreende uma série ordenada de eventos que vão converter uma superfície em repouso numa zona em remodelação, seguindo uma sequência imutável de ativação - reabsorção - formação. As equipas celulares responsáveis por estas múltiplas atividades incluem não só células específicas do tecido ósseo, como também células do sistema imunitário e células endoteliais. O objetivo da remodelação parece incluir duas perspetivas diferentes: uma de índole mecânica dirigida para a reparação e adaptação da estrutura óssea ao meio e a outra metabólica, participando na homeostasia do cálcio plasmático O tecido ósseo constitui um notável material de construção, de natureza biológica, com a singular capacidade de edificar estruturas muito resistentes que se remodelam e reparam a si próprias.
- Implantes em cirurgia ortopédicaPublication . Judas, F; Dias, R; Figueiredo, H
- Patologia cirúrgica do cotovelo, antebraço, punho e mão: conceitos essenciasPublication . Judas, F; Matos, P
- Relatório de Actividades do Gabinete Coordenador de Colheita e Transplantação 2008Publication . Gabinete Coordenador de Colheita e Transplantação
- Semiologia da anca: considerações geraisPublication . Judas, FAs afeções da anca ocupam um lugar de destaque na Patologia Clínica pela sua elevada frequência e pelas repercussões funcionais que podem originar. Salientam-se os achados semiológicos conseguidos através da anamnese rigorosa e de um exame físico, no sentido de representarem os pilares angulares no diagnóstico de uma afeção da anca. Tudo começa com eles e todas as conclusões devem passar por eles. Por seu turno e em complemento, os exames laboratoriais, de imagem e anatomopatológico podem permitir o diagnóstico definitivo e, desta forma, tornar-se possível oferecer ao doente o melhor tratamento. Num grande número de situações, a avaliação clínica complementada por um exame radiológico da anca permitem chegar a um diagnóstico definitivo.