Browsing by Author "Matos, P"
Now showing 1 - 8 of 8
Results Per Page
Sort Options
- Aloenxertos ósseos granulados esponjosos criopreservados na revisão do componente acetabular de artroplastias da anca: protocolos de preparação, de processamento e técnica de impactaçãoPublication . Judas, F; Pinheiro, VH; Ferreira, I; Matos, P; Francisco, C; Dias, ROs defeitos ósseos acetabulares presentes numa falência de uma artroplastia total da anca podem ser reconstruídos com enxertos ósseos granulados impactados, quer se reimplante uma cúpula cimentada quer uma cúpula não cimentada. Na maioria das publicações ortopédicas, os enxertos ósseos são preparados a partir de cabeças femorais colhidas em dadores vivos submetidos a uma artroplastia da anca. O propósito deste trabalho é descrever os métodos de preparação e processamento e a técnica de impactação de aloenxertos esponjosos granulados congelados, usados na reconstrução acetabular de revisões de artroplastias da anca. O osso esponjoso colhido nos pratos da tíbia e nos côndilos femorais do dador de órgãos, é fragmentado com instrumentos manuais e não com um moinho de osso, é submetido a soluções de peróxido de hidrogénio e de etanol e conservado a -80ºC. O tamanho dos fragmentos (7-10 mm), a lavagem dos enxertos, a contenção dos defeitos ósseos, a técnica de impactação convencional e a vascularização do osso hospedeiro, são fatores críticos para o sucesso das reconstruções acetabulares biológicas.
- Aloenxertos ósseos na osteossíntese de fracturas traumáticasPublication . Freitas-Dias, RM; Carvalhais, P; Matos, P; Judas, FNos últimos anos, assistimos a importantes avanços científicos na área da segurança microbiológica, na imunologia e no conhecimento do comportamento biológico dos aloenxertos do aparelho locomotor, assim como a alterações da legislação que regulamenta as transplantações de orgãos e tecidos de origem humana, o que conduziu a alterações importantes na organização dos Bancos de Tecidos em todo o mundo. Os aloenxertos ósseos podem estar indicados na osteossíntese de fracturas ósseas traumáticas e no tratamento das complicações desse tipo de lesões, área que não tem sido suficientemente divulgada na literatura internacional. No período compreendido entre 1982 e 2007, o BancoTecidos dos HUC disponibilizou 5231 aloenxertos do aparelho locomotor para aplicação clínica. De entre estes e no período compreendido entre os anos 1994 e 2006, foram usados 1078 aloenxertos ósseos na osteossíntese de fracturas ósseas traumáticas e no tratamento de complicações de fracturas, na condição de medida terapêutica complementar: 500 esponjosos granulados, 98 maciços e 480 desmineralizados. O número das fracturas ósseas traumáticas e dos casos com complicações de fracturas foi de 420, distribuídos da seguinte forma: 290 localizados no fémur, 84 na tíbia, 32 no úmero e 14 no rádio. As lesões da extremidade distal do fémur representaram a causa mais frequente da aplicação dos aloenxertos. Nesta série, não foram confirmados casos de infecção associada ao aloenxerto, nem qualquer caso de transmissão de doenças virais aos receptores. A consolidação das fracturas foi conseguida entre os 3 e os 6 meses. Uma reabsorção parcial do enxerto foi verificada em 21 casos (5%), em correlação directa com as deficientes condições vasculares do leito receptor e com a técnica cirúrgica. A aplicação de aloenxerto ósseo no tratamento de fracturas ósseas e das suas complicações é um procedimento seguro e com resultados satisfatórios.
- Artroplastia total da anca: Colocação da haste femoral com manutenção dos parafusos de uma osteossíntese antigaPublication . Freitas, J; Matos, P; Costa, P; Judas, F; Proença, AApresenta-se o caso de um doente que foi submetido, em 1958, a uma osteotomia de valgização para o tratamento de uma fractura traumática do colo do fémur, tendo sido utilizado um cravo-placa de Mac Laughlin para a osteossíntese da osteotomia. Em Janeiro do ano 2000, procedeu-se à implantação de uma prótese total da anca porque o doente apresentava uma coxartrose do grau IV. Durante o acto operatório confirmou-se que a placa e os quatro parafusos se encontravam revestidos por tecido ósseo, o qual foi removido. As cabeças dos parafusos, com ranhuras de tipo Parker, foram fragilizadas, fracturadas e excisadas com osteótomos. A extracção do cravo não apresentou dificuldades. Removeu-se a placa e não se procedeu à excisão da parte roscada dos parafusos. Implantou-se uma prótese total cimentada autobloqueante, uma vez que a parte roscada dos parafusos não constituía um obstáculo à implantação de uma haste femoral cimentada de diâmetro 15. Reforçou-se o leito cortical fragilizado pela extracção da placa com enxerto esponjoso autógeno da cabeça femoral excisada. A avaliação clínica e radiológica da artroplastia mostrou um resultado muito satisfatório, aos 5 anos de evolução pós-operatória
- Bilateral knee dislocation with associated bilateral popliteal arterial injuryPublication . Moura, DL; Marques, JP; Matos, P; Antunes, L; Gonçalves, Ó; Albuquerque, ATibiofemoral unilateral knee dislocations are uncommon, making bilateral dislocations even rarer injuries. Knee dislocation is considered one of the most serious injuries that can affect this joint. Associated complications such as popliteal artery injury are responsible for the important morbidity in these patients. The authors report the case of a 52-year-old man with a traumatic bilateral knee dislocation with associated bilateral popliteal arterial injury. His clinical presentation along with radiographic and angiographic findings are described. Surgical and non-surgical treatment and functional outcomes are also reported.
- Consensus document on coding of cardiac magnetic resonance examinations in PortugalPublication . Ferreira, MA; Almeida, AG; Oliveira, L; Bettencourt, N; Marques, H; Matos, P; Abecasis, J; Abreu, J; Alpendurada, F; Botelho, A; Campos, P; Castela, S; Cunha, D; Donato, P; Ferreira, MJ; Lopes, LR; Pinho, T; Sá, I; Saraiva, C; Tavares, NJ; Themudo, R; Grupo de Estudo de Cardiologia Nuclear, Ressonância Magnética; TC Cardíaca da Sociedade Portuguesa de CardiologiaOne of the obstacles to more frequent and appropriate use of cardiac magnetic resonance (CMR) in Portugal has been the lack of specific codes that accurately describe these examinations as they are currently performed. In this consensus document, recommendations are made for updating and standardizing CMR codes in Portugal. Guidance on which techniques and codes should be used in the most common clinical scenarios is also provided.
- Interpretação de artefacto radiológico de grandes dimensões localizado na baciaPublication . Judas, F; Rodrigues, S; Carvalhais, P; Matos, Ppresença de artefactos nas radiografias da bacia pode ocultar anomalias ou criar falsas imagens que conduzem a interpretações erradas e a consequências indesejáveis. A maioria dos artefactos são imediatamente reconhecidos e não acrescentam dificuldade para o diagnóstico; outros podem ser interpretados como falsas lesões ou mascarar verdadeiras lesões. Os artefactos podem ser causados pelo doente, pelo equipamento, pelo processamento da imagem ou pelo próprio processador. Apresentamos o caso de um doente que foi submetido a exame radiológico devido a uma bursite trocantérica sintomática. Observou-se uma imagem radiográfica incomum, de grandes dimensões, na hemipélvis esquerda, que poderia ser interpretada como uma massa de tipo tumoral, apesar da anamnese e do exame físico terem previamente excluído essa hipótese de diagnóstico. Uma nova radiografia da bacia demonstrou que se tratava de uma falsa imagem, um artefacto causado por erro técnico.
- Patologia cirúrgica do cotovelo, antebraço, punho e mão: conceitos essenciasPublication . Judas, F; Matos, P
- Sinovectomia-realinhamento-estabilização do punho dorsal reumatóidePublication . Judas, F; Matos, PA artrite reumatóide apresenta-se, na maioria das situações, com um envolvimento poliarticular, atingindo o doente no seu todo (bio-psico-social) em fase activa da vida. Cada doente constitui um caso particular, à semelhança do que acontece em todos os ramos da Medicina. Todavia, esta verdade assume uma importância capital quando se trata de uma doença com um carácter tão destruidor, e com um polimorfismo tão variável e tão difícil de prever como é a artrite reumatóide. A cirurgia pode estar indicada, como medida complementar, nas situações clínicas resistentes a um tratamento farmacológico e fisiátrico bem conduzidos, e deve ser realizada nos estádios iniciais da doença, por forma a alcançar o melhor resultado. Procede-se à revisão clínica e radiológica de uma série de 29 punhos submetidos a uma sinovectomia-realinhamento-estabilização (SRE), com a intenção de avaliar os resultados deste tipo de procedimento cirúrgico electivo e conservador no tratamento do punho dorsal reumatóide. A sinovectomia e realinhamento-estabilização do punho dorsal reumatóide consiste numa sinovectomia tendinosa e articular (radiocárpica, mediocárpica e radioulnar inferior), à qual se associa um realinhamento e estabilização do punho. Neste contexto, procede-se à transferência do longo extensor radial do carpo para o tendão do curto extensor radial do carpo, assim como à reposição dorsal do tendão do músculo extensor ulnar do carpo e, ainda, efectua-se uma operação de Sauvé-Kapandji procedimentos que, no seu conjunto, podem realinhar-estabilizar o punho. Pretende-se, com esta operação cirúrgica, conseguir alcançar um punho indolor, com conservação de uma mobilidade suficiente que permita a função articular. Para além disso, e não menos importante, pretende-se também conseguir prevenir a ocorrência de desvios do carpo no plano frontal e sagital, ao longo do tempo. No período compreendido entre Abril de 1994 e Junho de 2005 foram submetidos a uma SRE 39 punhos reumatóides. Procedeu-se à avaliação clínica e radiológica de uma série de 29 punhos operados entre os anos 1994-2002, com um tempo médio de evolução de 5 anos e 2 meses, máximo de 10 anos e 9 meses e mínimo de 2 anos e 4 meses. Trata-se de 26 doentes, 22 do sexo feminino e 4 do sexo masculino com idades compreendidas entre 22 e 68 anos, idade média de 51 anos. Em 3 casos a operação foi efectuada nos dois punhos. Para tanto, a dor e a mobilidade do punho foram classificadas em 4 estádios. As lesões osteoarticulares do punho foram avaliadas em 6 graus, de acordo com os critérios radiológicos estabelecidos por Larsen. Os índices médios de altura do carpo foram avaliados com base nos critérios de Mac Murtry e Youm. Os índices de inclinação radial do carpo de acordo com os critérios de Shapiro. Para a avaliação pós-operatória da altura média do carpo e translação ulnar, foi usado um sistema que utiliza o parafuso transversal ulnoradial como referência, seguindo o critério de Y. Alnot. Desta forma, é possível apreciar a evolução destes dois parâmetros, a partir dos exames radiográficos no pós-operatório imediato e determinar, assim, as suas eventuais modificações ao longo do tempo. Os resultados obtidos nesta série foram muito satisfatórios, mau grado haver necessidade de um recuo pós-operatório mais longo, para se poder precisar uma avaliação definitiva. Assim, no que concerne à dor, 19 dos punhos operados apresentaram-se indolores. Registou-se uma diminuição aceitável da mobilidade do punho existente, antes da intervenção cirúrgica. Em relação à translação ulnar do carpo, esta foi inferior a 1 mm em 18 punhos e situou-se entre os 1mm e 3mm em outros 9 punhos. Por sua vez, a diminuição da altura do carpo apresentou um valor superior a 3 mm apenas em três casos e, em 14 outros casos situou-se entre 1 mm e 3 mm. Por outro lado, a taxa de complicações foi baixa. Registou-se uma ossificação entre as osteotomias da ulna, sem repercussão funcional significativa, e um caso de migração do parafuso radioulnar. Apenas em um caso, houve necessidade de efectuar uma artrodese total do punho, aos seis anos de evolução pós-operatório, devido à presença de uma carpite erosiva dolorosa associada a um colapso progressivo do carpo. Não houve registo de necroses cutâneas; o tempo médio de internamento foi de três dias. Interrogados sobre a eficácia da operação, 80% dos doentes manifestaram-se muito satisfeitos, 12% satisfeitos, 8% pouco satisfeitos e nenhum decepcionado. Os resultados obtidos mostraram que a SRE é uma intervenção eficaz no tratamento do punho dorsal reumatóide com lesões radiológicas Larsen II e III, podendo ser alargada ao grau IV com resultados satisfatórios, se a instabilidade radiocárpica não for severa. Neste caso, pode ser associada à artrodese radiolunar, se houver indicação para tal. Embora não impeça a degradação radiológica do punho, pode permitir um ganho de tempo precioso em relação à realização de uma eventual artrodese ou artroplastia do punho.