Browsing by Author "Mariano, C"
Now showing 1 - 7 of 7
Results Per Page
Sort Options
- Cirurgia de fraturas ósseas na osteoporose: Fraturas da coluna vertebralPublication . Jardim, C; Mariano, C; Judas, FAs fraturas que ocorrem no osso osteoporótico são por definição estrita fraturas patológicas. Podem estar relacionadas com quedas da própria altura ou de traumatismos de baixa energia cinética e envolvem habitualmente a anca, o punho, a coluna vertebral e o ombro. As fraturas osteoporóticas a que se associa a sarcopenia, representam um sério problema de saúde pública em todo o mundo, com uma proporção epidémica e um impacto devastador na morbilidade e mortalidade dos pacientes, assim como nos custos socioeconómicos. Apesar dos avanços registados na prevenção e no tratamento farmacológico da osteoporose bem como no tratamento cirúrgico das fraturas ósseas, continuam a ser desenvolvidos novos biomateriais metálicos e substitutos sintéticos do osso com a intenção de se conseguir alcançar melhores resultados clínicos. Dentro deste contexto incluem-se os cimentos hidráulicos, os parafusos expansivos, os parafusos dinâmicos, as malhas metálicas de titânio, as placas bloqueadas, entre outros, em conjugação com técnicas minimamente invasivas e com diferentes estratégias cirúrgicas. O objetivo central deste trabalho assenta nas modalidades cirúrgicas mais usadas para o tratamento das fraturas em osso osteoporótico, com especial destaque para as fraturas da coluna vertebral.
- Hallux valgus: images of surgical procedures and algorithmic approachPublication . Mariano, C; Bento, J; Faísca, J; Judas, FDifferent types and aetiologies of hallux valgus have been described, as well as several surgical procedures. Surgery outcome depends on correct bone alignment, placing first metatarsal over sesamoid bones, on joint congruity restoration and on soft tissues balancing. Despite surgical treatment, recurrence of deformity is common. Other foot problems may also coexist, such as hammer toe or flatfoot syndrome, metatarsalgia or small joints arthrosis. Surgery is reserved for patients who fail conservative treatment. It consists on soft tissue management and bone procedures. The best surgical correction and fixation techniques are still to be determined. Each patient must be assessed thoroughly and treatment should take into account patient’s deformity, comorbidities and expectations and also surgeon’s experience. This work focuses on an algorithmic approach to hallux valgus surgical treatment.
- Pé de Charcot – Um caso clínicoPublication . Moura, DL; Figueiredo, A; Gaspar, AR; Mendonça, A; Faísca, J; Mariano, CA artropatia neuropática de Charcot é uma doença osteoarticular primária progressiva que atinge mais frequentemente o pé e tornozelo. Trata-se de uma patologia característica de doentes diabéticos de longa evolução e com mau controlo glicémico. Aceita-se hoje em dia que esta condição tem origem numa combinação de hiperémia/inflamação óssea, osteopénia e défices sensitivo-motores, ou seja, uma combinação das clássicas teorias neuro-traumática e neuro-vascular, com a nova teoria inflamatória. A doença pode estar na fase aguda, activa ou inflamatória, verificando-se um pé edemaciado, com calor e eritema, ou na fase crónica ou inactiva, onde são características deformidades acentuadas devido a luxações e fracturas. O diagnóstico faz-se sobretudo pela clínica, podendo a radiografia, a ressonância magnética e a cintigrafia óssea serem úteis, nomeadamente em termos de diagnóstico diferencial. Os objectivos do tratamento são analgesia, estabilidade articular, pé plantígrado, marcha e prevenção de úlceras, deformidades e amputação. A opção de tratamento depende da fase de doença, local, gravidade e grau de ulceração. Para a fase aguda reserva-se imobilização com bota gessada por 2-4 meses e descarga, enquanto na fase crónica está indicada imobilização com ortóteses tornozelo-pé ou calçado especializado ou correcção cirúrgica das deformidades em casos específicos. Casos de dor incapacitante, exostose, úlcera recorrente, deformidades acentuadas e luxações ou fracturas, têm indicação de correcção cirúrgica, que pode ir desde exostosectomia, a artrodese ou mesmo amputação. Apresenta-se um caso clínico de um caso de pé de Charcot com evolução rápida de destruição osteo-articular em 6meses. Quanto a classificações trata-se de Sanders-Frykberg grau III-IV (sub-talar, médiotársica),Brodsky grau II (sub-talar, talo-navicular, calcâneo-cuboideia) e Eichenholtz grau III (estadio crónico/consolidação - Deformidade). Face a deformidade acentuada instável e dor incapacitante, opta-se por tratamento cirúrgico com artrodese tripla do tornozelo com encavilhamento calcâneo-tibial retrógrado. Intraoperatoriamente verifica-se destruição osteo-articular necrótica acentuada do astrágalo e parcial do calcâneo, é então feita astragalectomia, encavilhamento calcâneo-tibial retrógrado e artrodese com 2 parafusos canulados: calcâneo-tibial e fíbulo-tíbio-navicular, bem como aplicação de aloenxerto. É feita imobilização com bota gessada, que é renovada em consulta a cada 2 semanas sob vigilância. A imobilização e descarga são mantidas até sinais deconsolidação. Quanto a prognóstico é conhecida a taxa elevada de complicações deste tipo de procedimento no pé de Charcot, estando relatadas percentagens superiores a 70%, nomeadamente de infecção, mau posicionamento de material cirúrgico, úlcera recorrente e fractura. São fundamentais para boa evolução manter a descarga e imobilização prolongada, a renovação de imobilização e inspecção frequente do pé e um bom controlo da glicémia. Face à localização e presença de deformidade acentuada e lesão cutânea, este caso clínico apresenta um prognóstico reservado, podendo eventualmente por complicações progredir para amputação.
- Primary synovial chondromatosis of the ankle joint presenting as monoarthritisPublication . Santiago, T; Mariano, C
- Próteses da anca: revisão cirúrgica.Publication . Judas, F; Moura, DL; Santos, S; Mariano, C; Lucas, FA artroplastia total da anca representa um dos procedimentos cirúrgicos de maior sucesso em Ortopedia. Na maioria das situações é possível registar excelentes resultados na eliminação da dor e na recuperação precoce da função articular, bem como na reintegração profissional e sociocultural do paciente. Todavia, as próteses da anca não resistem à prova do tempo, a longo prazo assiste-se a uma falência mecânica dos implantes que leva a uma nova intervenção cirúrgica, com a intenção de restabelecer a estabilidade mecânica, procurando reconstituir o capital ósseo e o centro da rotação da anca, corrigindo a dismetria, entre outros. O número de artroplastias totais da anca com indicação para revisão cirúrgica por descolamento assético continua a aumentar, a esperança média de vida tem vindo a aumentar, a implantação de uma prótese da anca tornou-se uma prática cirúrgica de rotina, e a idade jovem dos doentes deixou de ser um forte fator limitativo, devido aos avanços registados na técnica cirúrgica e na melhoria dos biomateriais constituintes das próteses. Seja como for, ao descolamento assético das próteses associam-se as osteólises tanto a nível do acetábulo, quanto a nível do fémur, que se torna necessário tratar. A etiologia das perdas do capital ósseo é multifatorial, incluindo as partículas de desgastes dos biomateriais que podem estar na origem de extensas osteólises, a infeção periprotética, as reintervenções cirúrgicas e, no caso particular do fémur, a atrofia óssea de desuso. Para além disso, os doentes podem sofrer de osteoporose fator que vai criar, ainda, mais dificuldades na reposição de uma nova prótese em condições de estabilidade mecânica. Por seu turno, as avaliações das dimensões das perdas ósseas e das variações específicas da anatomia acetabular e femoral, podem ser conseguidas na reconstrução tridimensional das imagens da TAC com subtração dos artefactos metálicos, informações de incontornável importância para a eleição da técnica mais recomendada para a reconstrução das lises ósseas. Neste contexto, um leque alargado de técnicas cirúrgicas tem vindo a ser descrito para o tratamento dos descolamentos/desprendimentos das prótese da anca incluindo cúpulas acetabulares não cimentadas de grandes dimensões, cúpulas revestidas com biocerâmicos ou com uma superfície em metal trabecular (tântalo), anéis metálicos de reforço acetabular, armaduras acetabulares antiprotusivas, cúpulas oblongas não cimentadas, cúpulas e hastes cimentadas sobre aloenxertos esponjosos granulados impactados, hastes cónicas de revisão de fixação distal, hastes longas cimentadas ou não cimentadas com aparafusamento distal, hastes modulares, aloenxertos ósseos esponjosos granulados ou estruturais e, ainda, uma variada associação destas técnicas. Seja como for, nem todas as técnicas contribuem para a reposição do capital ósseo, etapa que consideramos da maior importância para se poder alcançar o melhor resultado. Nesse sentido, a aplicação de aloenxertos ósseos é uma prática corrente, mormente em doentes menos idosos, porque provaram a sua eficácia clínica a médio e a longo prazo, uma vez que promovem a regeneração do osso novo. O objetivo central deste trabalho é mostrar, de uma forma global, a estratégia que tem vindo a ser seguida pelo Serviço de Ortopedia do CHUC/HUC, na cirurgia de recolocações de próteses da anca recorrendo, para isso, a diapositivos elucidativos.
- Sarcopenia em cirurgia reconstrutiva ortopédica: considerações geraisPublication . Oliveira, J; Mariano, C; Judas, FIntrodução: A sarcopenia é definida como uma síndroma caracterizada pela perda progressiva e generalizada de massa muscular esquelética, e da sua função (perda de força e/ou deterioração do desempenho físico), associada ao envelhecimento, que leva a um risco aumentado de resultados menos conseguidos, nomeadamente, limitação funcional, baixa qualidade de vida e morte precoce. A sarcopenia é um termo recente no glossário médico, e pouco se sabe, em concreto, sobre esta síndroma geriátrica, não só na área de Ortopedia, mas também nas outras especialidades cirúrgicas e médicas. Seja como for, sabe-se que os doentes sarcopénicos são mais propensos a quedas, fraturas e a uma limitação da mobilidade, o que torna a sarcopenia num tema de estudo prioritário na especialidade de Ortopedia. Estima-se que 44% dos doentes que são submetidos a cirurgia ortopédica, padeçam desta condição, com um risco acrescido de complicações pós-cirúrgicas e na reabilitação funcional. Assim, este trabalho de revisão bibliográfica tem como objectivo, abordar a prevalência e as repercussões da sarcopenia nos idosos com lesões ortopédicas, nomeadamente fraturas incidindo, também, na mortalidade associada à sarcopenia, no diagnóstico, prevenção e seu tratamento. Materiais: Recorreu-se a uma pesquisa de artigos científicos e de revisão, relacionados com o tema "sarcopenia in orthopedic surgery", na base de dados “PubMed”, entre Junho de 2016 e Fevereiro de 2017. Os termos de pesquisa pré-definidos usados foram, entre outros, ‘sarcopenia’, ‘orthopedics’, ‘surgery’, ‘diagnosis’, ‘prevalence’, ‘complication’, ‘intervention’, ‘treatment’, ‘mortality’, ‘nutrition’ e ‘exercise’. Resultados: Apesar de ainda não se encontrarem completamente aceites os critérios e métodos de diagnóstico da sarcopenia, vários estudos têm sido publicados, seguindo as recomendações da EWGSOP. Estas recomendações especificam que 2 de 3 critérios – baixa massa muscular, diminuição da força e do desempenho físico – devem estar presentes para diagnosticar um individuo com sarcopenia, em que um deles, a massa muscular, deve estar obrigatoriamente presente. Também categorizaram a sarcopenia em 3 estádios, pré-sarcopenia, sarcopenia e sarcopenia severa. Vários estudos comprovam a associação da sarcopenia com a mortalidade (de causas não especificadas) dos doentes que apresentam esta síndroma, havendo maior taxa de mortalidade nos sarcopénicos, comparativamente a grupos de controlo. A osteoporose, apesar de já se saber ser uma das causas de fraturas de osso frágil, também foi demonstrado que está associada à sarcopenia, sendo que, diversos estudos confirmam que os sarcopénicos apresentam um aumento do risco de padecer de osteoporose, e que a própria sarcopenia é um factor de risco independente para fraturas de osso frágil. Por outro lado, alguns estudos demonstram que há uma alta prevalência de sarcopenia em doentes com fraturas da anca e fraturas vertebrais. O tratamento/prevenção da sarcopenia, ainda não foi tema de estudos relevantes, não havendo ainda um consenso sobre a nutrição e exercícios a prescrever, apesar de alguns trabalhos mostrarem bons resultados quando entrosaram as alterações dietéticas e o exercício físico. Discussão: Verificou-se que existe uma forte associação entre sarcopenia e mortalidade, entre sarcopenia e osteoporose, e que a sarcopenia aumenta o risco de fraturas de osso frágil, independentemente da presença concomitante de osteoporose ou não. Também foi demonstrado que a sarcopenia é muito prevalente em doentes com fraturas da anca, das vértebras e distais do rádio. Um artigo confirmou que a taxa de complicações e do tempo de internamento foi superior em doentes sarcopénicos após cirurgia da coluna toracolombar, para além de não atingir a mesma capacidade funcional que os doentes não sarcopénicos. Conclusão: Torna-se imprescindível uma maior investigação sobre as formas de prevenir e/ou tratar a sarcopenia. Em primeiro lugar, é necessário definir os critérios e métodos de diagnóstico, assim como conhecer as complicações pós-operatórias da cirurgia ortopédica em doentes sarcopénicos, matéria insuficientemente estudada. Por outro lado, é preciso perceber as repercussões da sarcopenia na cirurgia ortopédica, uma vez que os doentes sarcopénicos apresentam patologias diversas do foro ortopédico.
- Síndrome do osso trígonoPublication . Moura, DL; Gaspar, AR; Mariano, C; Judas, FA causa mais frequente da síndrome de conflito posterior do tornozelo envolve o osso trígono e o processo talar, chamando-se síndrome do osso trígono à compressão sintomática de tecidos moles e osso a nível do intervalo calcâneo-tibial. Trata-se de uma entidade controversa, atualmente ainda com evidência limitada na literatura. A presença do osso trígono é na maior parte dos casos apenas um achado imagiológico sem tradução clínica, no entanto o seu traumatismo, agudo ou crónico, em movimentos de flexão plantar forçada pode ser responsável pela sua lesão e conversão sintomática. O diagnóstico é feito pela clínica e pela evidência imagiológica e é frequentemente subdiagnosticado ou tem diagnóstico tardio. É necessário um nível elevado de suspeição para diagnóstico precoce, que é fundamental não só para iniciar rapidamente o tratamento adequado para alívio sintomático, como também em termos de prognóstico. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, envolvendo a ressecção deste ossículo acessório, por técnicas de cirurgia aberta ou minimamente invasivas de artroscopia ou endoscopia. O presente trabalho faz uma revisão da literatura científica existente sobre este tema. Introduzimos com a definição da síndrome, noções anatómicas e fisiopatológicas, seguindo-se a apresentação dos sinais e sintomas clínicos e dos meios complementares de diagnóstico e finalizando com as várias abordagens terapêuticas, tanto conservadora como cirúrgica. São descritas e comparadas entre si as três técnicas cirúrgicas mais praticadas atualmente, a cirurgia aberta, a artroscópica subtalar e a endoscópica.