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Abstract(s)
Ao longo do tempo, a opinião pública tem-se deparado, com o pesado estereótipo de que a doença mental está intimamente relacionada com a prática de comportamentos violentos. Contudo, estudos recentes mostram que a violência não caracteriza toda e qualquer doença mental e que a criminalidade dos doentes mentais só representa uma pequena proporção da criminalidade geral. Acredita-se que a identificação de factores que sejam preditores de comportamentos violentos nestes doentes não é um simples exercício académico, mas sim um importante meio de orientar e acompanhar o doente mental, promovendo a sua reabilitação e protegendo a sociedade. Surgiu assim o principal objectivo deste estudo: efectuar uma análise comparativa de um conjunto de variáveis demográficas e clínicas numa população de doentes com perturbações psicóticas formada por dois grupos distintos, um com antecedentes de comportamentos criminais e outro sem história prévia de comportamentos criminais, no sentido de compreender quais as características que distinguiam os pacientes do primeiro grupo. Nas conclusões finais são discutidas algumas das implicações dos resultados obtidos no desbravar de novos caminhos na interface da doença mental com violência.
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Keywords
Perturbações Psicóticas Direito Penal
Citation
Psiquiatria Clínica. 2007; 28 (2-3): 85-96