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Para o êxito da reconstrução do LCA contribuem factores tão diversos como
técnica cirúrgica, posicionamento dos túneis, meios de fixação e tipo de
plastia entre outros. Durante muito tempo a utilização da plastia
osso-tendão-osso (OTO) foi o padrão, mas o recurso a plastia dos tendões do
semi-tendinoso e gracilis (ST-G) têm mostrado grande valia, embora o consenso
esteja longe de ser encontrado. Neste trabalho pretendeu-se avaliar, a médio
prazo, os resultados funcionais da reconstrução do LCA com enxerto OTO e ST-G,
numa população que não pratica desporto de competição.
No estudo efectuado, a gaveta anterior foi negativo em 91,4% OTO versus 100%
ST-G; a manobra de Trillat-Lachman foi negativa em 82,9% OTO versus 74,3%
ST-G, verificou-se uma maior laxidez no grupo ST-G, "mole" em 17,1% ST-G
(0%OTO). A escala funcional de Lysholm foi de 95,7 no grupo OTO e 97,2 no
ST-G. A escala IKDC englobou no grupo A: 51,4% dos casos OTO e 57,1% dos ST-G;
no grupo B: 48,6% OTO e 25,7% ST-G; no grupo C: 17,1% ST-G e 0% OTO. A
manutenção do nível de actividade (aferido pela escala de Tegner) foi de 94,3%
no grupo OTO e de 97,1% no ST-G. 17,1% dos doentes do grupo OTO referiram dor
na região anterior do joelho (0% ST-G).
Apesar de retrospectivo o trabalho permite comparar grupos idênticos, tratados
e seguidos por um único cirurgião. No essencial os dados obtidos confirmam os
bons resultados de ambas as plastias, sem factores de diferença entre elas,
excepção feita à maior incidência de dor anterior do joelho que pode
constituir um factor limitativo.
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Keywords
Ligamento Cruzado Anterior Procedimentos Cirúrgicos Ortopédicos Procedimentos Cirúrgicos Reconstrutivos
Citation
In: XXXI Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia; 2011 Outubro 19-21; Estoril. Estoril: Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia ; 2011