Browsing by Author "Marques, JA"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Anquilose da anca: tratamento cirúrgicoPublication . Marques, JA; Judas, FA anquilose da anca pode ser compatível com uma função aceitável, em doentes jovens ativos. Todavia, a imobilidade da anca pode contribuir para a doença articular degenerativa das articulações anexas, como é o caso da coluna lombosagrada, joelho homolateral e anca contralateral.. A conversão da anquilose em artroplastia permite a supressão da dor e a melhoria da qualidade de vida, mau grado as complicações que podem surgir no per ou pós-operatório. A avaliação pré-operatória assume uma importância central, pelas alterações anatómicas presentes, encurtamento do membro e distensão do nervo ciático. No protocolo técnico-cirúrgico salienta-se: obter o máximo de comprimento do colo e “off-set” da prótese articular, permitindo a máxima correção da dismetria, a máxima tensão dos abdutores (atrofiados) permitindo alcançar uma tensão correta dos tecidos moles, por forma a prevenir a luxação protética. A conversão da anquilose em artroplastia é tecnicamente difícil e com taxas de complicações que variam entre os 9% e os 48%, mormente em jovens com história de prévia cirurgia na anca. Apresenta-se uma doente com 56 anos de idade, com uma anquilose da anca esquerda de longa duração, devido a sequelas de artrite da anca de causa desconhecida, na infância. Tendo como justificação o quadro doloroso e a diminuição da função locomotora, realizou-se uma artroplastia total da anca não cimentada, com um resultado clínico conseguido. Descreve-se a estratégia cirúrgica mais recomendada e discute-se o tipo de prótese mais adequado para o tratamento da anquilose da anca.. A conversão de anquilose da anca em artroplastia total é uma cirurgia complexa e exigente. Todavia, um bom resultado funcional e uma melhoria assinalável da qualidade de vida dos pacientes podem ser alcançados.
- Síndroma compartimental aguda ou das locas: Conceitos essenciaisPublication . Canha, MI; Marques, JAA síndroma compartimental aguda define-se como sendo a falência da circulação intersticial por conflito de espaço. Representa, habitualmente, uma severa complicação das lesões traumáticas, podendo envolver potencialmente qualquer compartimento do organismo. Mais frequente em fraturas de alta energia cinética e em lesões por esmagamento dos membros, é uma verdadeira emergência ortopédica, por forma a conseguir-se a redução da pressão intracompartimental e restabelecer a perfusão dos tecidos em sofrimento. Assim, a fasciotomia cirúrgica descompressiva, em tempo oportuno, pode evitar a isquémia irreversível dos tecidos mioneurais contidos nos diferentes compartimentos osteomiofasciais, isto é, as retrações fibrosas musculares, a necrose muscular, as lesões nervosas permanentes, a perda permanente da função e, como última consequência, a amputação dos membros. A definição da melhor altura para a fasciotomia nem sempre é uma tarefa fácil, envolvendo critérios clínicos e, também, a determinação do valor da pressão intracompartimental, mormente nos doentes em estado de inconsciência. Nos casos em que houver dúvidas e nos doentes em risco de desenvolver esta complicação, é defensável efetuar uma fasciotomia precoce, mesmo sabendo que pode ser desnecessária, uma vez que as complicações relacionadas com as fasciotomias tardias são devastadoras. Com efeito, o risco de infeção e de septicémia são elevados, a taxa de amputações é considerável e, por vezes, perde-se a vida. As sequelas da síndrome compartimental aguda são uma das causas frequentes de litigância contra os cirurgiões ortopedistas.